24 outubro 2023

Vivência Ecológica.

Nos meses de setembro e outubro, eu e a equipe que trabalho, organizamos e realizamos uma "Vivência Ecológica", em ocasião do Tempo da Criação. 

O Tempo da Criação é um evento ecumênico que acontece anualmente. Nessa no de 2023 aconteceu do dia 01 de setembro (Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação) ao dia 04 de outubro (dia de São Francisco de Assis). 

Essa Vivência Ecológica foi destinada a estudantes dos 7º e 8º anos e contou com, aproximadamente 40 estudantes. 

Organizamos 3 encontros, às quartas-feiras. 

Quero dividir com vocês os conteúdos e experiências desses encontros. 

Primeiro encontro: Cinema, Pipoca e Diálogo 
Assistimos juntos o documentário "A Carta".


Você já assistiu esse documentário? 


Segundo encontro: Vivência Ecológica no Morro do Cristo
Fizemos uma caminhada subindo o Morro do Cristo aqui da minha cidade. Uma caminhada de, mais ou menos 30 minutos. Durante a subida pudemos refletir sobre alguns parágrafos da Carta Laudato'Si e relacionar com notícias relacionadas ao lixo, consumismo exagerado, descartes... 









Terceiro encontro: Bate papo e Café com um grupo de catadores de papéis
Foi um momento maravilhoso. 
Tivemos a presença de mãe e filho. Essa família, juntamente com as outras pessoas que a compõe, se sustentam catando materiais recicláveis do lixo.  
A mãe, uma senhora com idade para ser a minha mãe. Uma mulher forte, autêntica. 
Ao se apresentar, disse que era analfabeta. Não aprendeu a ler. Mas, aprendeu muito com a vida.
Eu... que sou apaixonada pelo saber do povo, fiquei contemplando a sabedoria. 

Ela estava diante de uma turma de adolescentes. Adolescentes que têm conforto, casa, uma boa escola, comida de qualidade... E a fala dela foi direcionada a eles. 
Diante de uma sociedade consumista e ambiciosa, muitas pessoas passam fome. Muitas pessoas catam comida no lixo... 

Além das reflexões sobre o lixo e sobre sustentabilidade, essa senhora trouxe para nosso bate papo a reflexão sobre os valores... valores humanos... o respeito que temos que ter por pai e mãe... 

Seu filho, um rapaz com mais de 20 anos, também não frequentou a escola. 
Um rapaz lindo, educado e tímido. A mãe que falou sobre ele, várias vezes.
E, na fala dessa senhora, estava presente o respeito e a boa convivência daquela família. 


Assim foi a nossa Vivência Ecológica de 2023. 

Os estudantes receberam um caderninho para suas anotações e impressões sobre cada dia. 
Registrei o que um dos estudantes escreveu: 






O meu trabalho me permite dialogar com os estudantes sobre as questões ambientais e, por conta disso, estou em sintonia com assuntos relacionados ao consumo, sustentabilidade, cuidado com o planeta. 

E você? Como conduz essas reflexões e práticas? 


Abraço. 
Ana Virgínia 




21 outubro 2023

Uma alegria!

No meu retorno ao blog, com postagens, visitas e comentários, encontrei um lindo post que a querida Ana Paula fez, no dia do meu aniversário. 


Que alegria! 



Ana Paula postou várias fotos, dentre elas a foto do meu livro infantil: 
"Maressa e os biscoitos da alegria". Veja a postagem que ela fez, clique aqui. 


Esse livro foi lançado no início desse ano de 2023. 

Ana Paula foi uma das minhas convidadas para fazer a apresentação do livro. 

Um carinho muito grande que tenho por essa amiga de blog! 


A primeira edição do livro já esgotou. 
Estou na organização da segunda edição. 

Quando eu estiver com os livros em mãos, volto aqui e falo pra vocês. 


Tenho o blog, que tem a intenção registrar o meu caminho com oficinas literárias e culinárias... 

E também o Instagram do livro... onde faço postagens sobre esse meu trabalho. 


Caso queira conhecer, veja os links: 


Blog - Maressa e os biscoitos da alegria 

Instagram - Maressa e os biscoitos da alegria 




18 outubro 2023

Oi

Oi.

Depois de tanto tempo sem postar, aqui estou eu. 

Em 2011 criei o blog para escrever sobre a saudade que sentia, na ocasião do falecimento do meu pai.

Este espaço virtual muito me ajudou a vivenciar aquela dor. 

Fiz amigos, conheci alguns pessoalmente. 

Este é um lugar pelo qual tenho muito afeto. 

A correria, o trabalho, a mudança de casa, as novas responsabilidades com o casamento não me permitem ter tantoo tempo para estar aqui com tanta frequencia. 

Frequentemente, lembro desse espaço, das pessoas que passam por aqui e que eu também visito os seus blogs. Organizo as postagens mentalmente e também num caderninho... mas, faltava o tempo para vir aqui, escrever, postar, visitar...

Estou nesse foco e nessa organização.

Gratidão a você que passa por aqui...

Abraço, até mais. 

AnaVi




Foto de uma bebida que o Luís fez.
Com vinho e frutas cítricas.

=) 


20 fevereiro 2023

Banda Daki

A "Banda Daki" é um dos blocos de carnaval mais antigos de Juiz de Fora. 
Esse bloco era incentivado pelo "Zé Kodak", um empresário, dono de uma loja de revelação de fotos aqui de JF. 
Ao longo dos anos que tenho, lembro de ter ido nesse bloco umas duas vezes.
Uma vez quando criança e uma vez quando adolescente.

Do Carnaval eu gosto da alegria, das fantasias, da irreverência, das surpresas. 
Mas também gosto do descanso e do feriado emendado. 

Nesse ano combinamos de participar do carnaval da banda Daki em família.
Fomos eu, o esposo, minha irmã, o cunhado, minha sogra, minha tia... E sempre encontramos conhecidos na banda.

Mas, após 2 anos sem festa de carnaval, nesse ano a Banda Daki também estava diferente. 
Zé Kodak faleceu vítima do Covid 19 em fevereiro de 2021. 
O General da Banda não estava presente.

No local de onde a Banda sempre sai fizeram um monumento para homenageá-lo. 
Em vários momentos, durante as músicas, os shows, o animador convidava o público a aplaudir com as mãos para o céu, também em homenagem ao Zé Kodak. 




Lembro das angústias que eu vivia em meio à pandemia do Covid 19. 
Cada pessoa conhecida que morria era um aperto no coração. Um não entender nada do que estava acontecendo. Um desejo que fosse somente pesadelo. A morte do Zé Kodak foi um dia assim. 

Eu trabalhei durante muito tempo em uma secretaria que, dentre tantas demandas, recebia doações e encaminhava aos movimentos ou organizações responsáveis. 

Todo mês eu assinava um recibo de 30 cestas básicas doadas pelo Zé Kodak. Essas cestas eram encaminhadas aos Vicentinos (SSVP) e também encaminhadas para famílias específicas que o Mons. Falabella (padre responsável) indicava. 

Na sua loja, no centro da cidade, Zé Kodak atendia com sorriso e simpatia os clientes que iam revelar suas fotos ou adquirir algum produto de sua loja. E eu, várias vezes, encontrei o sorriso dele no balcão de sua loja. 

Nesse carnaval eu aplaudi muitas vezes o "General da Banda". Homem de coração fraterno e espírito solidário. Que movimentou o carnaval de Juiz de Fora por quase 50 anos. 


Até mais. 

16 fevereiro 2023

Memórias das férias.

 



Eu amo meu trabalho.

Já vivi crises e sofrimentos em alguns lugares que trabalhei.

Temo sair desse trabalho que tanto me realiza enquanto pessoa humana. Por isso todos os dias eu agradeço e valorizo.

Sou educadora e trabalho na elaboração de projetos que desenvolvem a formação humana dos estudantes.

No início desse semestre entrei em várias salas do Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Finais) para dar as boas vindas aos estudantes. O roteiro dessas visitas incluía uma partilha sobre uma recordação das férias.

Alguns estudantes gostam de falar outros não gostam. Normal.

Em cada sala de aula eu ficava encantada com as memórias, com as lembranças que as crianças e adolescentes partilharam. Vejam:

“Minha prima foi morar no exterior há 3 anos. Somos muito amigas. Por conta da pandemia ficamos muito tempo sem encontrar pessoalmente. Mas sempre nos comunicávamos por mensagens e vídeos. Nas minhas férias nos encontramos. Nos abraçamos. Foi o melhor abraço da minha vida.”

“Nasceu meu irmãozinho e pude pegá-lo no colo”.

“Faz uma semana que minha avó faleceu. Melhor memória das minhas férias foi o último abraço que pude dar nela”.

“Viajei com os meus avós”.

“Passei o réveillon na praia com minha família. Minha mãe teve que trabalhar muito para esse sonho acontecer”.

“Consegui andar de bicicleta”.

Isso é um pouco daquilo que faz sentido para eles e também faz sentido para mim.

E eu não podia deixar de fazer, mesmo que pra falar comigo mesmo, memórias sobre minhas férias. 

Tive tempo para ir em várias consultas médicas com minha mãe e também tomar um café com ela, numa cafeteria no centro de Juiz de Fora. Esse dia foi muito bom. Há 2 anos atrás ela estava doente e eu praticamente não acreditava que a vida dela ressurgiria. Então, cada momento de lazer, por mais simples que ele seja, é muito importante pra mim.

Também fui para a praia com meu esposo. Sorrimos, divertimos, falamos sobre a vida, brincamos na beira do mar.

E você? Me conte uma memória sobre suas férias...? 

01 fevereiro 2023

Todo mundo reclamando que janeiro não acaba.

 Na rede social Instagram muitas pessoas compartilharam uma "caixinha" citando que o mês de janeiro estava demorando para terminar... 

Percebo essa reclamação nas redes sociais e, às vezes, no convívio social não-virtual, com relação aos meses de 31 dias. rs. 

Agosto é a mesma coisa. 

Lembro disso porque agosto é o mês do meu aniversário, um mês lindo. E sempre tem alguém reclamando do mês. 


Você notou essa "brincadeira" sobre o mês de janeiro também?


Meu mês de janeiro foi intenso. Tive férias a metade do mês, mas os dias que eu trabalhei também foram muito bons.






Foi aniversário do Luís, meu esposo. 

Tive várias vivências relacionadas à publicação do meu livro. 

Saí com minha mãe nos meus dias de férias. 

Criei receitas com novos sabores de biscoitos. 

Encontrei com amigos... 


Tivemos questões graves a nível nacional. Sim. Estou assustada com isso até agora. 


Quando vejo essas "brincadeiras" lançadas nas redes sociais, como a "eternidade" do mês de janeiro, por exemplo, eu me pergunto: Eu concordo com isso? Ou estou apenas seguindo o bonde? 


Nesse caso, eu não concordei. Pra mim, janeiro fluiu bem. É um mês maior mesmo, como outros meses do ano. 


Sou a favor de pensarmos criticamente sobre as modinhas, influências e impactos das redes sociais em nós. 


E aí, como foi o seu mês de janeiro ?

15 janeiro 2023

Vivenciar ou fotografar?

 A fotografia abaixo foi realizada em 2015, durante a divulgação do filme Black Mass. 

Tive acesso a essa imagem, e à crítica que ela representa em um curso de especialização que estou estudando. 

Antes de ler e ouvir a opinião dos colegas e dos professores, olhei para a imagem e pensei na diferença das culturas, gestos, pensamentos, comportamentos.. entre as gerações. 

Antes de continuar a leitura, veja a imagem e me diga nos comentários o que essa imagem transmite pra você. 



Amei essa representação da imagem. 

Não encontrei a fonte dessa imagem 



Pessoas da minha idade, com um pouco mais de idade que eu ou com menos da minha idade exploram muito os equipamentos fotográficos. 
Eu sou uma pessoa que ama fotos. Já trabalhei como fotógrafa profissional, inclusive. Já organizei aqui pelo blog uns desafios chamado "fotos de quinta". 
Então, quando leio textos ou participo de aulas que falam sobre aquilo que eu faço, acontece uma auto-análise por aqui... rs. 

Nas críticas que li, vi posicionamentos de que estamos deixando de aproveitar o momento para fotografá-lo e, com isso não vivenciamos intensamente aquele momento. 

Outros posicionamentos dizem que registrar um momento faz com que ele fique eterno em nossa mente e também na fotografia. 

Deixo aqui links sobre as várias opiniões sobre esse tema. 




Eu penso que a fotografia eterniza momentos, pessoas, lugares. 
Mas confesso que percebo um "vício" quando deixamos de interagir, de conversar, de dialogar para ficar com um equipamento eletrônico em mãos, mesmo que seja para fotografar. 

Cabe a nós a criticidade e também educar as gerações mais novas para também vivenciar os momentos além de só desejar fotografá-los. 

Até mais.